Ficou surdo de repente? Você deve procurar um especialista o mais rápido possível. Pode ser uma urgência otorrinolaringológica

A surdez súbita é definida como uma perda de audição de instalação súbita ou rapidamente progressiva, em minutos ou horas. É geralmente unilateral embora, raramente possa acometer os dois ouvidos. Ocorre por comprometimento do ouvido interno (cóclea) e pode variar na intensidade e frequências sonora acometidas. Em alguns casos o paciente nem se dá conta da queda da audição e pode notar , por exemplo, apenas o surgimento de zumbido ou sensação de ouvido tampado.

Além da perda auditiva súbita em geral unilateral, o zumbido ocorre em cerca de 70% dos casos, podendo aparecer antes ou depois da perda auditiva. Ele pode desaparecer ou permanecer e gerar mais incomodo e ansiedade do que a própria perda auditiva. Tontura e vertigem ocorrem em até metade dos casos e em geral são leves e transitórias.

Como trata-se de alteração do ouvido interno, o exame físico é, em geral normal.

O exame de audição (audiometria) confirma a perda, seu grau e frequências acometidas.

Outros exames também podem auxiliar no diagnóstico como impedanciometria, BERA,  e exames de imagem.

Várias são as possíveis causas da surdez súbita. No entanto, na maioria das vezes, ela ocorre como um quadro isolado e nenhuma causa é encontrada.

A evolução do quadro é também bastante variada.  Em alguns casos pode ocorrer melhora espontânea total ou em graus variados. Em outros , apesar dos tratamentos, o paciente permanece com sequela que pode chegar à perda total da audição.

Existem diversos tratamentos citados para surdez súbita. Quando tem-se uma causa identificada, o tratamento é dirigido para ela. Nos casos idiopáticos (sem causa), varias intervenções são propostas como uso de corticoides, antivirais, vasodilatadores, oxigenioterapia hiperbárica. A grande maioria carece de comprovação científica, sendo o uso corticoide o principal método que se mostrou eficaz até o momento. A corticoterapia pode ser sistêmica (em geral via oral) ou intratimpânica (administração do medicamento direto no ouvido médio, através do tímpano) buscando maior concentração do medicamento no ouvido interno.

O mais importante para um bom resultado é iniciar o uso do corticoide o mais rapidamente possível. Por isso é considerada por muitos como uma urgência otorriolaringológica!

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