Surdez na Infância
A perda auditiva na infância pode causar atraso no desenvolvimento da fala, da linguagem. Atrasos no desenvolvimento da linguagem secundários à perda auditiva são quase sempre preveníveis. Assim, devemos buscar identificação precoce, definição da causa e tratamento no tempo certo.
Quase todas as crianças apresentam episódios transitórios de perda auditiva relacionados à otite até os 12 anos de idade.
Perda auditiva significativa (severa a profunda) ocorre em 1 a 2 recém nascidos para cada mil. Em recém nascidos considerados de risco (história familiar de perda auditiva congênita, internação prolongada em CTI, intubação, uso de antibióticos que afetam a audição, portadores de síndromes que cursam com perda auditiva) essa incidência sobe para até 4 a 6 por cento.
A surdez na infância é mais comum que todas as outras doenças pesquisadas no teste do pezinho. Por isso, atualmente, o teste da orelhinha (triagem para perdas auditivas) é obrigatório e deve ser realizado em toda criança com até um mês de vida.
A principal causa e perda auditiva significativa na infância é a de origem genética. Em nosso meio, as causas infecciosas, principalmente meningite, têm grande importância. Observamos um número cada vez maior de crianças que apresentam múltiplos fatores que podem levar a surdez como prematuridade, internação prolongada em CTI, história de infecção e uso de antibióticos que lesam o ouvido interno.