Tontura e enxaqueca: qual a relação?

Enxaqueca Vestibular / Migrânea Vestibular

A enxaqueca vestibular (também chamada de migranea vestibular, enxaqueca basilar) é a segunda causa de vertigem após VPPB (vertigem posicional paroxística benigna). A relação entre enxaqueca e tontura é cada vez mais estudada e estabelecida e há muito já sabemos que a crise vertiginosa pode fazer parte de um quadro de enxaqueca.

A vertigem enxaquecosa propriamente dita é constituída de episódios de vertigem rotatória, de vertigem posicional e de acessos de “pseudo embriaguez”.

Os paciente apresentam, em geral,  crise de vertigem associados a sintomas típicos de enxaqueca. No entanto pode apresentar quadros incompletos, com vertigem apenas, vertigem associada a foto e fonofobia (intolerância a luz e sons) dentre outras apresentações.

O exame é muito variável e não há um teste objetivo para o diagnostico. É importante eliminar outras causas após exame neurológico e otorrinolaringológico.

A enxaqueca vestibular pode ainda mimetizar outras doenças do labirinto como Doença de Meniere e VPPB e é mais comum em mulheres.

A duração das crises é variável: curta (poucos minutos a duas horas) ou longas (mais de 24 horas). Em alguns casos elas duram vários dias primeiro com tontura contínua agravada por mudanças de posição e se transformam em seguida em vertigem posicional pura.

As vezes, as crises são breves mas violentas ocorrendo um fundo de pseudo embriaguez permanente.

Os outros sintomas vestibulares podem ocorrer como: palidez, náuseas intermitentes ou permanentes e intolerancia aos movimentos.

Apenas uma minoria dos indivíduos tem crises de cefaleia migranosa a cada crise de vertigem. Outros tem vertigem ou cefaleia, mas jamais os 2 juntos. A ordem sequencial da vertigem e da cefaleia varia de um momento a outro, em um mesmo individuo e entre os indivíduos. A vertigem pode aparecer antes da cefaleia, como uma aura, durante ou após a cefaleia. Ao longo do tempo, a vertigem pode aparecer anos após o desaparecimento da enxaqueca, por exemplo, após a menopausa. A ausência de antecedentes de migranea ou cefaleia não é um critério de exclusão do diagnóstico.

O tratamento consiste em eliminar fatores desencadeantes (certos alimentos, estresse, privação de sono),  medicamentos para a crise e, se necessário, medicamentos profiláticos (quando o impacto da enxaqueca / vertigem sobre a vida cotidiana é importante).

COMPARTILHAR